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A QUALIDADE DO CAFÉ NA SAFRA 2019/2020 ESTÁ EM RISCO APÓS VÁRIAS FLORADAS

A florada do cafeeiro, além de dar um aspecto bonito à lavoura, é também um fenômeno que permite ao produtor ter uma base de como será a sua próxima safra. No Brasil esse evento ocorre em média três vezes no ano agrícola, sendo geralmente após períodos de chuvas e seguidos por temperaturas mais altas. As chuvas regulares com bons volumes evitaram qualquer possibilidade de ocorrer estresse hídrico nas lavouras cafeeiras, no entanto a antecipação das chuvas no segundo semestre de 2018 proporcionou a precocidade da florada. As condições climáticas são essenciais para a produção de café e influenciam tanto na época quanto na quantidade de ocorrência da florada. Com o clima favorável foi possível presenciar várias floradas desde agosto de 2018 a fevereiro de 2019, evento esse um tanto incomum.

marcelo reis pereira foto cafe img01 A foto que foi tirada pelo Marcelo Reis Pereira, Engenheiro Agrônomo do Departamento Técnico da COOPERVASS, flagrou a lavoura de um cooperado abrindo flores no mês de fevereiro. A desuniformidade da maturação dos grãos será um problema para os cafeicultores na hora da colheita, uma vez que, ele encontrará grãos em diferentes estágios de desenvolvimento. As diversas floradas que presenciamos nos últimos meses podem por em risco a qualidade dos cafés da safra atual. A atenção quanto ao início da colheita deverá ser redobrada, pois o produtor encontrará grãos verdes, maduros e secos em um mesmo ramo. A presença de grãos verdes resulta em grãos de menor valor devido ao seu aspecto e bebida. Quanto aos grãos secos deve-se evitar deixar cair no chão, já que grãos de chão podem sofrer o processo de fermentação e apresentar problemas de bebida. A qualidade do café está estritamente relacionada aos grãos maduros. Portanto, para produzir um café de alta qualidade a presença de grãos maduros é essencial.

Uma das formas de solucionar o problema de colher grãos verdes, secos e maduros, todos esses juntos, é realizar a colheita seletiva. A principal dificuldade nesse processo é o alto custo, já que a colheita dos grãos maduros deve ser realizada de um em um. Mas é possível também a colheita seletiva por meio do uso de máquinas, sendo a regulagem o segredo para essa prática. Desse modo, o produtor deve diminuir a vibração das varetas, que propiciará a derrubada dos grãos que se desprendem mais facilmente do pé, ou seja, os maduros.

Como os grãos que estão no ápice da planta amadurecem primeiro, outra forma é retirar as varetas da parte inferior da máquina e assim a colheita ocorrerá somente na parte superior. A desvantagem desse processo é justamente o retrabalho, uma vez que, com essa prática a colhedora deverá ser passada mais de uma vez nas lavouras. O custo é mais alto do que a colheita normal, mas o resultado compensa. Sendo assim, cada produtor com o conhecimento de sua lavoura e o auxílio do Departamento Técnico da COOPERVASS, pode definir qual o método de colheita mais adequada, que acarretará na produção de café de melhor qualidade.

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