Concursos entre cooperados vão além do estímulo à excelência da produção
Empreendedoras do agronegócio debatem sucessão familiar
Várias propriedades rurais têm sido chamadas de empresas no Brasil e o motivo é a transformação dos agronegócios em verdadeiras empresas, geridas de forma profissional.
Essa mudança é reflexo não apenas da contratação de mão de obra especializada. Também é resultado da busca de produtores rurais e descendentes por conhecimentos técnicos, habilidades de gestão e práticas sustentáveis para converter sítios e fazendas em empreendimentos eficientemente administrados.
Para isso, tanto produtores quanto filhos e netos deles têm feito cursos técnicos e/ou superiores nas áreas de Agronomia, Engenharia Agrícola, Veterinária, Zootecnia, Administração, Contabilidade, Logística, Supply Chain e até mesmo Recursos Humanos e Gestão ESG (Ambiental, Social e Governança).
A capacitação é essencial para que os produtores possam planejar suas atividades, mensurar resultados, aprender com os erros, reduzir prejuízos e aumentar lucros, o que contribui para a sustentabilidade financeira e a longevidade do agronegócio.
Gestão profissional do agronegócio
Entre as práticas de gestão empresarial que vem sendo adotadas, estão:
1. Planejamento estratégico – é importante desenvolver um plano estratégico que defina objetivos, metas, prazos e planos de ação. Isso envolve a identificação de ameaças e oportunidades de mercado, a definição de estratégias de crescimento e a alocação eficaz de recursos, por exemplo.
2. Gestão financeira eficiente – uma gestão financeira sólida é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento, o que inclui controle de custos, gestão de fluxo de caixa, análise de rentabilidade e investimentos estratégicos.
3. Gestão de recursos humanos – a adoção de práticas de gestão de recursos humanos permite o aprimoramento dos processos de recrutamento, aperfeiçoamento e retenção de talentos. Um modelo de gestão profissional pode incorporar, por exemplo, políticas de remuneração e programas de capacitação e desenvolvimento profissional.
4. Marketing e vendas – quem disse que agronegócios não precisam de estratégias de marketing e vendas para anunciar e comercializar seus produtos e serviços, identificar novos mercados e fortalecer sua competitividade?
5. Tecnologia e inovação – a implementação de tecnologias e práticas inovadoras garante o aumento da sua eficiência operacional, aprimora a qualidade e gera valor agregado aos produtos e serviços, além de minimizar custos.
6. Governança corporativa – a adoção de boas práticas de governança corporativa é essencial para a transparência do negócio, assim como a integridade na prestação de contas e o uso sistemático de instrumentos de controle e supervisão.
7. Sustentabilidade e responsabilidade social – é esperado que agronegócios estejam preocupados não apenas com a sustentabilidade financeira mas também com o desenvolvimento econômico regional, o que não pode excluir a conservação ambiental e o bem-estar da sociedade, em especial das comunidades que vivem no entorno da propriedade.
8. Acesso a recursos e financiamento – negócios estruturados e bem geridos têm vantagens no acesso a recursos e financiamentos, o que agiliza a expansão e o aprimoramento das atividades da propriedade rural.
Ao adotar essas práticas de gestão empresarial, os produtores rurais podem melhorar a eficiência de suas propriedades, assim como a competitividade, a sustentabilidade financeira e, consequentemente, a longevidade dos agronegócios.