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CONJUNTURA CAFÉ – O MOMENTO REQUER ATITUDE...

Estamos vivendo no momento um período de vacas bem magras no café. Como se sabe, os preços praticados atualmente não remuneram a ponto de permitir investimentos, adequações e até a simples manutenção das atividades. São momentos difíceis, onde sofre o produtor, a cooperativa e aqueles que estão em busca de alguma oportunidade neste mercado.

Há vários questionamentos a respeito da atual situação do setor cafeeiro, principalmente se há a possibilidade da intervenção do Estado no mercado. Os cafés finos, por exemplo, passaram a ser remunerados como café commodity, ou seja, a margem de diferenciação de preços foi encurtada. Os motivos dos tais questionamentos não são difíceis de entender, uma vez que, na atividade cafeeira está a vida do produtor. Há alguns pontos que devem ser analisados para que de fato se tenha a condição de avaliar o papel de cada um nesse cenário, o que cabe a cada um fazer e o que pode ser também terceirizado, podendo ser deixado até a cargo do governo.

O café é uma atividade econômica capaz de gerar renda, classificada como variável, uma vez que, depende da flutuação do mercado para podermos quantificar valores. Investimentos em títulos do tesouro nacional e a poupança são considerados investimentos de renda fixa, ou seja, a taxa de juros é conhecida. Já que o café possui uma taxa de remuneração oscilante, há riscos a todos que atuam no mercado cafeeiro. Sendo assim, da mesma forma que o produtor corre riscos por conta da variação dos preços, os compradores também correm riscos, seja ele exportador, torrefador ou demais agentes que atuam como investidores.

É importante salientar que aonde existe risco, também existe a possibilidade do incremento na remuneração, podendo até ser superior aos investimentos de renda fixa. Essa situação depende da lei que rege o mercado, ou seja, oferta e demanda. Essa lei é ditada por incentivos, sejam esses positivos ou negativos, que compradores e produtores recebem diariamente. O aumento da produção de café é o resultado de um estímulo que os produtores receberam nos anos anteriores.

A alta dos preços do café que ocorreu no ano de 2016 por exemplo, fez com que os produtores passassem a investir no cultivo do produto, seja através da abertura de novas lavouras ou da busca de incremento na produtividade. O resultado desse processo culminou no excedente de produção, provocando a “desordem dos preços atuais”. A culpa não é do produtor, isso é simplesmente fruto da lei de mercado. A explicação é simples, a demanda pelo produto não acompanhou o crescimento da produção, e por isto chegamos ao cenário atual.

Todos esses fatos não tira a obrigação de nossa cooperativa em procurar novas saídas, mercados com novas alternativas de renda devem ser buscadas, para que assim o produtor seja remunerado adequadamente. Da mesma forma o produtor não sai isento da obrigação de ser ainda mais profissional, por mais difícil que seja o momento. A crise só passará se agirmos de maneira diferente, seja no trato da lavoura ou na comercialização da produção, sempre deveremos buscar diferenciais e jamais poderemos pensar em nos acomodar. Um o ditado antigo nos mostra isso, ele nos fala assim: é no pedalar da bicicleta que se ganha o equilíbrio, se parar, cai.

Nosso histórico mostra que dificilmente saímos de uma crise em situação pior do que entramos. Este é o lado bom delas para quem realmente quer crescer e o motivo é a simplesmente de sobrevivência. Dentro deste contexto, fazer a parte que nos cabe é fundamental. Quanto ao mercado? Não há dúvidas de que ele voltará a remunerar mais cedo ou mais tarde, ocorreu da mesma forma na última crise vivida pelo setor e não será diferente nesta. O momento requer atitude!

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